Pensando nisso, BP Bunge adotou o monitoramento de precisão da Taranis para auxiliar na gestão da matocompetição da unidade de Moema, localizada Orindiúva/SP. A tecnologia, baseada em inteligência artificial, demonstrou ser eficiente na identificação de mais de 70 espécies de plantas daninhas, permitindo uma recomendação mais otimizada de herbicidas e um combate mais eficaz à matocompetição.
Antes da adoção desse sistema, a usina realizava o monitoramento manualmente, avaliando apenas 100 m² a cada 50 hectares, o que não fornecia uma representação precisa da infestação de daninhas na área. Com o monitoramento de alta precisão, a cobertura aumentou para 1000 m² a cada 50 hectares, uma melhoria de aproximadamente dez vezes em relação à avaliação anterior.
A utilização de aviões pela Taranis assegura maior escalabilidade no monitoramento. Com essa tecnologia inovadora, é possível realizar até 2 amostras por hectare, totalizando 2000 hectares por avião.
Segundo Rafael Chendes, coordenador de processos agrícolas de Moema, a tecnologia abrange todo o processo, desde o voo até a análise de dados: “uma grande vantagem percebida é que o serviço tem mínima interferência na operação agrícola da usina, além de não exigir investimentos em equipamentos e treinamentos, pois a Taranis cuida de tudo.”
Os dados a nível foliar fornecidos possibilitam a adoção de melhores práticas de manejo e decisões mais assertivas. Marcelo Nicolai, consultor da Agro do Mato, ressalta a importância da tecnologia para medir o desenvolvimento de estratégias eficazes no combate à matocompetição nos canaviais: “Comprovamos que, ao realizar um monitoramento rápido e objetivo com a tecnologia da Taranis, é possível tomar a decisão correta, tendo informações precisas disponibilizadas em até 72 horas.”
Ao obter essas informações detalhadas, os gestores das usinas também podem antecipar soluções para problemas futuros, como destacou Chendes: “A plataforma identificou o crescimento de uma erva daninha incomum que tinha potencial para aumentar a infestação, mas não estava registrada em nosso controle. No entanto, por meio do monitoramento, a ferramenta nos mostrou que isso estava aumentando nos canaviais de Moema e nos permitiu implementar tratamentos específicos para combatê-la.”
Outro diferencial do serviço é a sua capacidade de mitigar os problemas relacionados à rotatividade de funcionários envolvidos no monitoramento das áreas. O sistema é capaz de gerar um banco de dados sempre acessível, permitindo acompanhar a evolução antes e depois de cada área. “Com a facilidade de implementação e a padronização trazida pela tecnologia, a gestão foi aprimorada, possibilitando a obtenção de dados precisos e transparentes em todos os níveis internos, fornecendo uma visão clara do progresso das práticas agrícolas na usina”, relatou Rafael.
Nicolai reforçou ainda que o monitoramento de alta precisão é um aliado fundamental para a gestão de canaviais e para a tomada de decisões mais assertivas. “Com base na minha experiência nas usinas, posso afirmar que essa ferramenta tem um grande potencial de crescimento. A Taranis é capaz de identificar, em um voo rápido, uma ampla variedade de espécies de plantas daninhas em nível de talhão, fornecendo dados para um planejamento preciso que afeta o sucesso não apenas da consultoria, mas, o que é ainda mais importante, o sucesso do cliente”, destacou o consultor.
Uso de tecnologia nos processos de manejo e identificação de daninhas otimiza gestão e potencializa resultado das safras.
A cada safra aumenta o desafio dos produtores de cana-de-açúcar no manejo das plantas daninhas. Quando não são identificadas ou mal manejadas, as invasoras podem gerar prejuízos econômicos milionários com danos de produtividade irreversíveis.
O agronegócio é um dos principais pilares na economia brasileira atingindo em 2022 o valor bruto da produção de R$ 1,189 trilhão. Que as nossas terras geram muitas riquezas e possibilidades, todo mundo já sabe, porém pouco é falado sobre as inúmeras oportunidades que o setor também oferece quando olhamos para cima, principalmente quando o assunto é monitoramento aéreo de lavouras.